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Friday 29 March 2024
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´´TU ÉS PEDRO, SOBRE ESTA PEDRA EDIFICAREI A MINHA IGREJA´´ Mt 16,18

               Queridos irmãos e irmãs, quero dedicar um momento para refletir sobre um grande personagem da nossa fé cristã: São Pedro, apóstolo e primeiro Papa. Colocado por Jesus para ser um dos pilares da sua comunidade de fé se torna um dos grandes exemplos na tradição da Igreja. Um homem de espontaneidade de vida e de vontade de acertar em tudo o que faz.

           No Novo Testamento contém duas Cartas de Pedro que descrevem grandes lições de vida em comunidade. Aproveito e convido a todos para fazerem a leitura e reflexão destes textos.

               A primeira carta foi escrita para as Comunidades “daqueles que viviam fora da sua terra natal” e que trabalhavam como servidores em outras cidades. Esses cristãos tinham deixado suas origens, seus parentes, amigos e se encontravam em regiões que não lhe davam o aconchego ou o sentimento de acolhida que tinham na sua própria terra. Sofriam humilhações, injúrias e perseguições. A carta foi escrita para suscitar nas comunidades a união entre os membros e para transformarem numa verdadeira “família cristã”, baseada na convivência fraterna e no acolhimento. O conteúdo demonstra a preocupação para que todos pudessem viver a experiência da alegria e da esperança, além de respeitarem cada pessoa e acolherem uns aos outros no amor de Cristo. São relatados testemunhos de vida para alimentar a fé de cada pessoa diante das situações difíceis e constrangedoras que sofriam no cotidiano.

            É importante compreendermos o significado de acolher bem a todas as pessoas, principalmente aquelas que convivemos nesta comunidade paroquial. Devemos ser um modelo de família cristã; que o nosso templo seja uma “verdadeira casa” onde cada um que passa por aqui seja bem acolhido, sinta a presença de Deus e seja valorizado como discípulo de Jesus Cristo. Este é o nosso compromisso de cristão batizado: viver como o grande Mestre, transmitir seus ensinamentos e defender os valores que dignificam a vida. São Pedro nos lembra de alguns elementos importantes que devemos praticar: a “compaixão”, que consiste em participar da situação do outro; o “amor fraterno”, que tem como ponto central o serviço; a “misericórdia”, que torna possível a convivência entre irmãos que erram; o “espírito de humildade”, que nos ensina a não ter o interesse e ambição pelo poder e de não praticar a rivalidade e opressão.

                Enfim, Pedro nos orienta a comportarmos diante daqueles que nos maltratam praticando o bem. Isso não significa ser passivo ou omisso. Ao contrário, agindo assim seremos portadores da benção do Senhor e tornaremos instrumentos de julgamento que visam desmascarar e desarmar aqueles que praticam o mal e injustiças. Devemos sempre fazer o bem, a exemplo de Jesus Cristo.

            A segunda carta mostra aos cristãos a necessidade de perseverarem na esperança e na fé em Jesus Cristo: são descritos alguns conselhos como humildade, prontidão e sobriedade para testemunhar o Evangelho. Pedro insiste que todos pratiquem os ensinamentos de Jesus, façam uma ruptura com estruturas idolátricas da sociedade e permaneçam firmes na confiança da justiça de Deus. Reafirma a necessidade de praticar grandes virtudes humanas para viver o amor fraterno.

           Assim, queridos irmãos e irmãs, finalizo esta reflexão com as próprias palavras de São Pedro: “tomem cuidado para não sejam enganados pelos injustos, e nem percam a firmeza da fé no Senhor, para não cair em situações errôneas. Cresçam na graça e no conhecimento de Jesus Cristo, sejam fiéis seguidores e testemunhas do nosso Senhor e Salvador. A ele pertence a glória, desde agora e até a eternidade. Amém”!

Pe. Gleición Adriano da Silva




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